Ceplac comemora Dia Internacional do Cacau consolidando a autossuficiência

Cacau em debate
JBO

 

No próximo dia 16 de junho, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) vai festejar o Dia Internacional do Cacau. O tema desse ano será “Consolidando a autossuficiência com sustentabilidade”, numa referência ao sucesso do que foi proposto pelo órgão no ano passado – Autossuficiência com Sustentabilidade. O evento será realizado a partir das 9 horas, no auditório Hélio Reis (no Cepec), na sede regional da Ceplac, que fica na rodovia Ilhéus-Itabuna, quilômetro 22.

O superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart explica o tema proposto. “A produção de cacau cresceu no país, especialmente na Bahia, o que praticamente garantiu a autossuficiência na produção de amêndoas para suprir a indústria em sua planta nacional. O objetivo agora é consolidar essa produção, sem esquecer da sustentabilidade, nos seus aspectos econômico, social e ambiental”, observa Maynart.

Um importante passo para a completude do tripé da sustentabilidade será anunciado oficialmente pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, quando tratará da questão da retirada de madeira morta e de árvores exóticas das áreas de cacau no sul da Bahia.

A Ceplac, por meio do seu projeto Conservação Produtiva, em execução no município de Barro Preto, propõe a compensação de três árvores nativas, com indicação de risco de extinção, para cada uma exótica retirada nas áreas de cacau plantado no sistema agroflorestal cabruca.

“Essa autorização, já sinalizada pelo secretário durante audiência que tivemos com ele na semana passada, vai permitir o manejo de sombra na cabruca, algo pelo que os produtores lutam há decadas, e uma maior produtividade nesse sistema. Consequentemente, aumentaremos a produção de cacau na Bahia e no Brasil”, afirma o superintendente.

Juvenal explica ainda que essa intervenção deverá ser feita com critérios, definidos pela própria secretaria com base no projeto Conservação Produtiva. “Mas não há dúvidas de que é um grande avanço em busca da sustentabilidade na produção de cacau, em seus aspectos sociais e ambientais, mas também nos econômicos, porque o produtor precisa sobreviver com dignidade em sua atividade”.

Outro ponto que deverá ser abordado, possivelmente por um representante do Ministério da Agricultura, é em relação á política de preço mínimo aplicada ao cacau. Foram convidados para a comemoração representantes do governo da Bahia e do Ministério da Agricultura, inclusive o governador Jaques Wagner e o ministro Antonio Eustáquio Andrade Ferreira.

A programação prevê, ainda, a premiação do Cacauicultor do Ano e do Agricultor Familiar do Ano, além de uma homenagem especial ao Produtor Associativista.